Pedro Amaral, que desempenha as funções de diretor artístico da Metropolitana desde 2013, será substituído pelo maestro Pedro Neves, atual titular da Orquestra Clássica de Espinho, que conta com diversas participações nas principais orquestras nacionais, como a Metropolitana e a Gulbenkian, e algumas estrangeiras.
Na programação até ao fim do ano, regista-se a estreia absoluta do Concerto para Saxofone e Orquestra, de Luís Tinoco, em dezembro.
O concerto inaugural da temporada da OML terá lugar em 20 de setembro, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB), sob a batuta de Pedro Amaral, que dirige uma obra que tem “um início inesperado, ao som de guizeiras”, ao que se sucedem “ambientes contrastantes” e na qual “surpreende, sobretudo, a inclusão da voz cantada no último andamento”, desta vez pela soprano Anne Schwanewilms, explica o programa da temporada 2020/21, a que a Lusa teve hoje acesso.
Ainda antes da abertura oficial da temporada, porém, a OML leva “Giochi di Uccelli” ("Jogos de Pássaros"), o Concerto para flauta de Sérgio Azevedo, ao Cineteatro Curvo Semedo, de Montemor-o-Novo (sexta-feira, 21:30), ao Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal (sábado, 21:00), e à Academia Almadense (19 de setembro, 21:00), com a participação do flautista Nuno Inácio, como solista, que já estreara a obra em 2017.
Ainda neste mês, a Metropolitana inicia no Fórum Municipal Luísa Todi (Setúbal) a primeiro de uma série de atuações, dedicadas à integral dos Concertos para Piano de Ludwig van Beethoven, com o pianista António Rosado, artista associado da orquestra, quando passam 250 anos sobre o nascimento do compositor.
Rosado interpretará os cinco concertos (1, 4, 3, 2 e 5, por esta ordem), nos dias 30 de setembro e 01 e 04 de outubro, antes de os levar para o Teatro Municipal de São Luiz, em Lisboa, nos dias 07, 09 e 11 de outubro.
Já em outubro, a OML realiza, pela primeira vez, uma digressão por países do Leste europeu, juntando-se à programação do Festival Lubomirski, para dois concertos que terão lugar na Polónia e na Ucrânia, nas cidades de Katowice e Lviv, respetivamente.
Com Nuno Silva no clarinete, a bagagem do maestro Pedro Amaral e da OML leva quatro partituras da primeira metade do século XIX: a “Abertura Coriolano”, de Beethoven, a “Sinfonia Escocesa” de Felix Mendelssohn, e duas obras de Karol Kurpinski.
Ainda em outubro, nos dias 23 e 24, o Cine-Teatro Joaquim de Almeida (Montijo) e o Teatro Thalia (Lisboa), respetivamente, recebem “Pecados da Juventude”, com direção musical e violino de José Pereira e Daniel Canas, em trompa, um espetáculo que apresenta as sinfonias para cordas números 1 e 6 de Mendelssohn, permeadas pelo 1.º Concerto para trompa e orquestra, de Joseph Haydn, e finalizado com o Divertimento para cordas KV 136, de Mozart.
Em 25 de outubro, a Academia Almadense recebe “Para um Homem Comum”, programa dedicado ao compositor norte-americano Aaron Copland, dirigidas por Jean-Marc Burfin e alunos do curso de Direção da Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO), num espetáculo que contará, no clarinete, com o vencedor da 9.ª edição de Prémio Fundação INATEL, Nuno Batista.
“Sinfonia do Destino” fecha o mês de outubro, dia 31, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, com Pedro Neves como maestro e Ana Pereira, no violino, a interpretar o Concerto para Violino e Orquestra em Mi Menor, Op. 64, de Felix Mendelssohn, e a Sinfonia n.º 5 em Dó Menor, Op. 67, de Beethoven.
O compositor alemão continua em destaque na programação de novembro, com o 5.º e derradeiro concerto para piano, “Imperador”, a ser apresentado no Teatro Thalia, em Lisboa, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, e na Academia Almadense, nos dias 13, 14 e 15, respetivamente, de novo com Pedro Amaral como maestro e, desta vez, com Jill Lawson no piano.
“Scheherazade”, de Rimsky-Korsakov, sob a batuta do maestro Adrian Leaper, sobe no dia 22 de novembro ao palco do Grande Auditório do CCB, num programa que inclui o Concerto para Piano e Orquestra em Sol Maior, de Maurice Ravel, com António Rosado, como solista.
Ainda em novembro, no dia 26, o Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha recebe “Fanfarras, Suítes e Danças”, com direção musical de Jean-Marc Burfin, de novo com alunos do curso de Direção de Orquestra da ANSO, numa apresentação das "Fanfarras Litúrgicas", de Henri Tomasi, e das "Danças Concertantes", assim como as Suites, n.ºs 1 e 2, para orquestra de câmara, de Igor Stravinsky.
Em 28 de novembro, Nuno Silva (clarinete), Ana Pereira e José Pereira (violinos), Joana Cipriano (viola), Nuno Abreu (violoncelo) e António Rosado (piano) juntam-se no palco do Teatro Thalia para apresentar “Para o Fim do Tempo”, programa que conjuga o Quinteto com Piano, Op. 44, de Robert Schumann, e o "Quarteto para os Fins dos tempos", de Olivier Messiaen.
No mês seguinte, em 06 de dezembro, o Cinema São Jorge recebe a OML para celebrar “Um Século de Federico Fellini”, com o maestro Rui Pinheiro e Benedetto Lupo, em piano, a protagonizarem um alinhamento dedicado a algumas das obras de Nino Rota, compostas para os filmes do cineasta italiano, nascido há cem anos: Suíte para “Amarcord”, e Suíte e o Concerto para piano e orquestra de “La Strada”.
“Um Americano em Paris”, com o maestro Sylvain Gasaçon, e João Pedro Silva, em saxofone, chega ao palco do Grande Auditório do CCB, em 13 de dezembro. O programa engloba a suíte da ópera “Porgy and Bess (Catfish Row)” e a peça orquestral“Um Americano em Paris”, de George Gershwin, que se conjugam com a estreia absoluta do Concerto para Saxofone e Orquestra, de Luís Tinoco.
Com a aproximação do Natal, a OML leva ao palco do Cinema São Jorge o Concerto Para Escolas “Um Conto de Charles Dickens”, narrado por Susana Henriques, com o maestro Élio Leal, num espetáculo com música composta por Sérgio Azevedo, no qual “as palavras [se] juntam às sonoridades cinematográficas e [se] cruzam com melodias provenientes de outros imaginários que são igualmente familiares, como a da canção 'Noite Feliz'”.
Dois dias depois, em 19 de dezembro, o Teatro Thalia recebe o “Concerto Clássico de Natal”, que ao espetáculo inspirado no conto de Charles Dickens, junta a Sinfonia n.º 38, KV 504, de Mozart.
O compositor de Salzburgo continua em destaque no seguinte programa de concerto, em 19 de dezembro, no Fórum Municipal Luísa Todi (Setúbal), sob a direção musical de Jean-Marc Burfin e, mais uma vez, de alunos do curso de Direção de Orquestra da ANSO, com a Sinfonia n.º 35, "Haffner”, KV 385, de Mozart, que se combina com a Sinfonia em Dó Menor, de Georges Bizet, no fecho da primeira parte da progrmação da temporarda.
Comentários