Representações do povo” é o titulo da mostra que vai estar patente ao longo de quase um ano (até dia 10 de abril de 2022) e que apresenta seis obras, de Domingos António Sequeira, Graça Morais, Rafael Bordalo Pinheiro, Augusto Gomes, Tereza Arriaga e Jorge Pinheiro, segundo uma nota da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
Nesta exposição, o povo é representado na relação com os seus diferentes contextos geográficos e históricos, irrompendo através de cada uma das obras apresentadas, como é o caso dos “refugiados da Terceira Invasão Francesa” (1810-1811), representados na pintura de Domingos Sequeira, pintor português do início do século XIX.
“A figura derrotada ou ameaçadora do Zé Povinho”, figura satírica de crítica social, que personifica o ser português, criada por Rafael Bordalo Pinheiro, será outra das representações patentes no museu.
Augusto Gomes, artista que se começa a aproximar do neorrealismo emergente a partir de 1940, vai estar representado através dos seus “pescadores de Matosinhos”, figuras que o pintor explorou, em ligação com a sua cidade natal.
“Os vidreiros da Marinha Grande” foi o tema escolhido da obra da artista plástica Tereza de Arriaga, que desenvolveu o seu trabalho dentro da corrente neorrealista e concluiu o curso de pintura com uma tese nomeada “Vidreiros”, baseada na experiência da Marinha Grande.
A pintora Graça Morais vai estar patente na mostra através da presença figurativa de mulheres de Trás-os-Montes, como a própria artista, designadas “as ‘Marias’ da aldeia transmontana do Vieiro”.
Finalmente, “os camponeses da reforma agrária alentejana, na comovente alegoria a dois dos seus mortos”, são as figuras escolhidas de entre a pintura de Jorge Pinheiro.
A exposição, que vai ocupar o piso 2 do museu, resulta do trabalho conjunto de seis comissários: Carlos Silveira, Pedro Bebiano Braga, João B. Serra, Laura Castro, Joana Baião e Raquel Henriques da Silva, que foi também a coordenadora geral.
A exposição “Representações do Povo” tem entrada livre.
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