A secção “Dialogues”, criada em parceria com galerias emergentes de vários países, reúne, este ano, de forma inédita, apenas artistas mulheres, cujos trabalhos se centram em questões de género e identidade cultural.
Integrada na 30.ª edição da London Art Fair, “Dialogues” tem como curador convidado o artista, escritor e académico turco Misal Adnan Yıldı, e reúne cinco pares de galerias "dialogantes", com artistas de proveniência europeia, maori, curda, asiática e africana.
De Portugal, Rita GT junta-se, em Londres, à angolana Keyezua, com “Sisterhood is Forever”, uma instalação que pretende aumentar a visibilidade artística das mulheres de ambos os países, refletindo ideias ligadas ao colonialismo, ao poder feminino e ao diálogo intercontinental.
Rita GT (iniciais de Guedes Tavares), artista plástica e 'performer', nasceu no Porto, em 1980, é licenciada em Design de Comunicação, pela Faculdade de Belas Artes daquela cidade, e vive e trabalha atualmente entre Portugal e Angola, tomando como temas questões de identidade e de memória colonial.
Foi comissária do Pavilhão de Angola na Bienal de Veneza, em 2015, e, em 2017, fez parte da exposição anual da Royal Academy de Londres. Foi igualmente uma das artistas não africanas convidadas a participar na 1.ª Bienal de Lagos, na Nigéria.
Nas suas obras, trabalha principalmente com cerâmica, instalação, 'performance', vídeo e fotografia, cruzando, no seu processo de criação, múltiplos meios e suportes.
Em 2015 apresentou a 'performance' intitulada "We Shall Overcome!", que aborda as injustiças sociais, económicas e políticas, no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC-MC), em Lisboa.
Nascida em Luanda, Keyezua é diplomada pela Royal Academy of Art de Haia, na Holanda, e tem vindo a desenvolver trabalhos na área da fotografia e arte digital, inspirada nas questões do racismo, estigmatização, colonialismo, património, identidade, e história.
Comentários