Numa longa entrevista ao The Hollywood Reporter, Scarlett Johansson disse que adorava e acreditava em Woody Allen e não hesitaria "em voltar a trabalhar com ele em qualquer altura".
Não demorou muito até as redes sociais se encherem de críticas à defesa da atriz, que trabalhou com Allen em "Match Point" (2005), "Scoop" (2006) e "Vicky Cristina Barcelona" (2008), que ajudaram a torná-la uma das estrelas mais procuradas em Hollywood antes de se tornar a Viúva Negra no Universo Cinematográfico Marvel.
O realizador foi acusado em 1992 de ter abusado sexualmente da sua filha adoptiva Dylan Farrow e os processos foram arquivados depois de duas investigações em separado.
A sua imagem deteriorou-se, principalmente nos EUA, quando Dylan renovou as acusações no início de 2018, após o movimento #MeToo, iniciado com a investigação do irmão, Dylan Farrow, ao produtor Harvey Weinstein, que alegadamente terá abusado de dezenas de mulheres.
Dylan Farrow evocou precisamente o produtor na sua resposta a Scarlett Johansson e ao facto de esta dizer que tinha falado com Woody Allen sobre o assunto e este lhe garantiu que era inocente das acusações.
"Porque se alguma coisa aprendemos dos últimos dois anos é que sem dúvida que definitivamente devemos acreditar em predadores masculinos que 'mantêm a sua inocência'", escreveu nas redes sociais.
De forma mais incisiva, a filha adoptiva de Woddy Allen também não deixa passar em claro que a atriz é uma das signatárias iniciais do movimento Time's Up, criado contra o assédio sexual nos locais de trabalho e pela maior paridade em Hollywood.
"A Scarlett tem um longo caminho a percorrer para compreender os temas que alega defender", salientou.
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