Doze anos após o lançamento de um álbum póstumo com canções inéditas de Michael Jackson, a Sony Music decidiu retirar três delas das plataformas de streaming devido a dúvidas sobre a autenticidade da voz do cantor.
A fundação que administra o seu legado, Estate of Michael Jackson, e a Sony Music, anunciaram em comunicado a sua decisão de retirar os temas "Breaking News", "Monster" e "Keep Your Head Up" do álbum "Michael" (2010) como "a melhor e mais simples forma de deixar a conversa associada a essas músicas para trás de uma vez por todas".
"Isto não tem nada a ver com a autenticidade das músicas, mas trata-se de deixar para trás as distrações que as cercam", afirmam no comunicado.
As três canções, que teriam sido gravadas em 2007, desapareceram das plataformas de streaming a 30 de junho, segundo a imprensa local.
Os seus fãs passaram anos a expressar dúvidas sobre a autenticidade da voz de Jackson. Segundo alguns meios, seria a voz do cantor italo-americano Jason Malachi.
Em 2014, Vera Serova, uma das suas fãs, entrou com uma ação judicial contra as três músicas por violação da lei de defesa do consumidor, concorrência desleal e fraude.
Segundo a revista Variety, a justiça decidiu quatro anos depois a favor da fundação e da editora.
A fundação e a Sony esperam que a sua decisão de remover as canções concentre a atenção nos projetos para celebrar o legado do cantor, incluindo um musical da Broadway, "MJ", obra biográfica sobre o artista de "Thriller", cujo lançamento completará 40 anos em novembro.
Jackson morreu a 25 de junho de 2009, aos 50 anos, de uma overdose de um anestésico administrado pelo seu médico pessoal, Conrad Murray, para ajudar a tratar a insónia na véspera do seu espetáculo "This is It" em Londres.
Murray foi condenado por homicídio involuntário em 2011 e sentenciado a quatro anos de prisão, dos quais cumpriu apenas dois.
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