De acordo com informação do São Luiz, são quatro as leituras encenadas que vão passar pelo palco da Sala Mário Viegas, nos dias 11 e 12 e 18 e 19 de julho.

A ideia desta iniciativa é oferecer à literatura um espaço diferente do que aquele que é alcançado pela encenação convencional ou pela leitura individual para si próprio, uma espécie de compromisso a meio caminho entre os dois.

Como explica a equipa organizadora da iniciativa, é um formato entre “o teatro e a tertúlia, entre o ensaio e a ação, em que o público é convidado a aceitar a convenção de coisa inacabada, informal, embora que coberta de mundo”.

No primeiro sábado, dia 11, o São Luiz apresenta “As Palavras do Corpo”, a partir do livro de poemas eróticos de Maria Teresa Horta, no qual faz o mapeamento do corpo, com encenação de Nádia Iracema.

Nesta leitura encenada, com as atrizes Cigarra, Cleo Tavares, Isabél Zuaa, Nádia Yracema e Tita Maravilha, “pretende-se criar uma outra viagem que construa um outro corpo juntando poemas de outras autoras”.

No domingo, sobe ao palco “Meninas Exemplares”, uma montagem de textos de Maria Velho da Costa, com encenação e dramaturgia de Sara Carinhas.

Este “título-provocação” é utilizado pela escritora no seu livro “Casas Pardas” e apresentado por três atrizes – Cristina Carvalhal, Nádia Yracema e Sara Carinhas – “que se dão às ‘palavras-balas-pérolas da autora’”.

No dia 18 chega “Adicionar um Lugar Ausente”, um texto inédito e inacabado da atriz brasileira Keli Freitas, criado a partir do registo documental da viagem que a autora e narradora fez quando, no dia em que completou 33 anos de idade, decidiu conhecer a terra onde nasceu.

No domingo, dia 19 de julho, o São Luiz apresenta “Uma Boca Cheia de Pássaros”, da dramaturga britânica Caryl Churchill, conhecida por dramatizar os abusos de poder e explorar temas feministas e relacionados com como políticas sexuais.

Nesta leitura encenada, dirigida por Cristina Carvalhal, participam os atores Bruno Huca, Gustavo Salvador Rebelo, Júlia Valente, Luís Gaspar, Madalena Palmeirim, Sofia de Portugal e também Cristina Carvalhal, que vão representar “excertos sem outro nexo que o de nos falarem de hoje”.