A insatisfação em torno do sucedido na terça-feira da semana passada, com a selagem de mais de uma centena de lojas no Stop, um centro comercial com cerca de 40 anos, que a Câmara do Porto entende ser perigoso de frequentar e trabalhar devido à falta de segurança, ganhou hoje a força dos números nas ruas do Porto.
Depois de a meio da tarde cerca de 200 pessoas se terem concentrado diante dos Paços do Concelho para “chamar a atenção para a importância do polo cultural” que dizem ser o antigo centro comercial, o final da tarde trouxe mais gente para a anunciada caminhada, prevista para começar pelas 19:30.
A essa hora cerca de 500 pessoas começaram a descer a Avenida dos Aliados, mas o número começou a crescer logo que iniciaram a subida da Rua de Passos Manuel, chegando à Praça dos Poveiros com a expressão do protesto no dobro.
Num desfile sempre com os bombos a debitar decibéis e com as gargantas a gritar “o Stop é nosso e há de ser”, a pequena multidão foi crescendo.
Por esse trajeto foi possível ver, em postes, paredes e árvores que Rui Moreira não passaria impune no desfile, havendo quem tivesse colado numa parede uma foto do presidente da Câmara do Porto e um vernáculo aludindo ao que entendia como falta de coragem do autarca portuense.
Já na Avenida Rodrigues de Freitas foi possível ler outras 'indiretas' ao autarca, num cartaz onde estava escrito “- turistas + artistas” ou “deixa-nos con ‘c’ ertar” ou noutro, igualmente com a cara do autarca, com a frase “não queremos côdeas”.
Já com o centro comercial à vista, numa parede outra frase alguém escreveu “o Stop não morrerá”, o mesmo espaço onde, cerca de 100 metros à frente, muitos dos que se encontravam no desfile fizeram questão de entrar, triunfais. Eram 20:55 e acabava ali uma manifestação que durava desde as 15:00.
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