Figura de destaque da comédia portuguesa, Maria Rueff brilha neste momento no programa «Vip Manicure», da SIC, ao lado de Ana Bola – algo que lhe dá “um prazer imenso”.
Companheira de Bruno Nogueira e mãe de uma menina de cinco anos, fruto de uma relação com José Pedro Vasconcelos, Rueff confessa-se nesta entrevista uma mulher «muito feliz».
Dobrou recentemente o filme «Coraline e a Porta Secreta» ao lado de Ana Bola, estão juntas em «Vip Manicure» e têm partilhado muitos outros projectos. Qual é o segredo do vosso sucesso como dupla?
A nossa relação é de muita cumplicidade, uma vez que está baseada numa enorme amizade. Somos as melhores amigas. A nossa relação é baseada sobretudo num grande respeito pela individualidade de cada uma. Gostamos dos defeitos e das qualidades uma da outra. Portanto, a nossa relação é perfeita.
Trabalham há muitos anos juntas…
Desde sempre. Foi a Bola que me deu o meu primeiro emprego no mundo da televisão, com «Os Bonecos da Bola». É a minha mãe adoptiva [risos].
O Herman também teve um peso importante na sua carreira…
A Bola e o Herman são os meus pais neste mundo. Eu tenho o privilégio de trabalhar em família, com amigos. Acho que soubemos todos, desde o início, e já lá vão 20 anos, preservar esse amor à primeira vista.
A sua carreira sempre se relacionou com o humor. É difícil fazer humor?
No meu caso foram 13, 14 anos intensivos a fazer ‘bonecos’, todos diferentes de semana para semana, e isso dá um grande desgaste. Sinto neste momento algum cansaço. Deste ponto de vista, é bom estar agora a fazer uma personagem fixa, que não me obriga a tanta versatilidade.
Apesar de toda essa exigência, ainda tem a certeza de que enveredar pelo humor foi a escolha certa?
Eu não escolhi, escolheram-me. Francamente. Eu acho que é uma coisa com que nasci, porque fazer rir é um dom, não se explica. E trabalhei esse dom.
É feliz a fazer o que faz?
Sou muito feliz. Num País com uma vida cada vez mais complicada, eu sou uma privilegiada. Só posso agradecer o que tenho, porque faço o que mais adoro fazer, e com amigos. Não posso pedir mais.
Há algum projecto profissional que gostasse muito de realizar e ainda não tenha tido oportunidade?
Eu vivo cada dia. O meu sonho era entrar para a família do Herman e concretizei-o. Mas agora não tenho grandes projectos, sinto que as coisas vão acontecendo. A única coisa que eu peço é continuar a poder estar com amigos e a fazer coisas que me dão prazer e me fazem crescer.
Equanto ao «Vip Manicure»?
Dá-me muito prazer. Foi uma coisa que começou artesanalmente no teatro e depois cresceu até este ponto. Tem sido um prazer imenso. É moldar uma coisa quase do nada...
Com a intensidade da vida de actriz, consegue ter o tempo que queria para a vida pessoal?
Neste momento a minha filha está no centro da minha vida, e felizmente trabalho com amigos que percebem isso. O meu grande amor é o meu trabalho, mas a minha filha também é, e eu tento conciliar os dois. Como tenho dois seres espantosos comigo, o Bruno [Nogueira] e a Laura [filha de cinco anos, fruto da relação com José Pedro Vasconcelos], eles percebem as minhas limitações de disponibilidade. Mas eu amo-os de coração, e tento dar-lhes o meu melhor quando estou presente.
O Bruno também é humorista. Em casa falam de trabalho?
Sim, como todos os casais.
Gostava de ter mais filhos?
Gostava de ter outro filho. O Bruno é o meu grande amor e gostava que desse amor houvesse um resultado físico. Mas só quero que isso aconteça se esse filho puder contar com a disponibilidade dos pais. Caso contrário, seria um grande egoísmo.
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