A série apresenta Patty, uma adolescente obesa que é vítima de bullying e que após um acidente fica magra.
Desde essa altura, Patty só pensa em vingar-se de todos os que fizeram pouco dela, participando em concursos de beleza.
Os críticos denunciam uma apologia à magreza, e asseguram que a série perpetua "não só a toxicidade da cultura das dietas mas também a objetificação do corpo feminino", segundo uma petição lançada no mês passado para que o seu lançamento fosse impedido.
Os comentários negativos, que começaram assim que foi lançado o trailer da série, cresceram após a sua disponibilização no serviço de streaming.
Esta sexta-feira, a petição que pede o cancelamento da série contava com mais de 229.000 assinaturas.
Os críticos denunciam também a forma como "Insatiable" apresenta a homossexualidade, rindo-se do desejo reprimido de Nonnie por Patty, a sua melhor amiga.
Mais tarde, uma jovem que divulga por acidente uma foto sua em que aparece nua, explica que temia a princípio que as pessoas a considerassem "uma piranha" mas "agora pensam que sou lésbica". "É muito pior", diz.
Noutra cena, Patty e uma mulher transgénero comparam os gordos com os transsexuais, e dizem que ambos desejam mudar de corpo.
"No mínimo, provocará discussões", disse numa entrevista ao canal E! a atriz Alyssa Milano, que participa na série. "Tenho consciência de que não é uma série para todos, mas estamos realmente orgulhosos do que fizemos", acrescentou.
A vice-presidente de conteúdos originais da Netflix, Cindy Holland, explicou que a série "foi concebida como uma sátira".
"A série é uma lição que mostra até que ponto pode ser destrutivo acreditar que a aparência é mais importante" que a personalidade, escreveu Lauren Gussis, a criadora de "Insatiable", que explicou que se inspirou na sua própria história.
"Por favor, deem uma oportunidade a esta série", pediu.
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