O jornal Financial Times reportou que o gigante do streaming tinha apagado um episódio de "Patriot Act with Hasan Minhaj" passado na Arábia Saudita depois de ter recebido um pedido do reino, argumentando que o vídeo violava uma lei contra o crime cibernético.
No episódio, Minhaj - um americano de origem muçulmana com ascendência indiana - critica a Arábia Saudita após o assassinato do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.
O humorista criticou especialmente o príncipe-herdeiro, Mohamed bin Salman, e também a campanha militar liderada pelos sauditas no Iémen.
O Senado americano aprovou em dezembro duas resoluções simbólicas culpando o príncipe pelo assassinato, depois de relatórios que apontaram nesta direção, e pedindo o fim da participação dos Estados Unidos no conflito iemenita.
Karen Attiah, editora de Khashoggi no Washington Post, tweetou esta terça-feira que a medida da Netflix era "bastante revoltante".
Nem a Netflix, nem o Ministério da Informação saudita responderam aos pedidos de informações mas o Financial Times noticiou que a Netflix tinha defendido a sua decisão, assegurando: "Apoiamos firmemente a liberdade artística em todo o mundo e só eliminámos este episódio na Arábia Saudita depois de termos recebido uma solicitação legal válida e para poder cumprir a lei local".
O episódio ainda pode ser visto noutras partes do mundo. Na Arábia Saudita, pode ser encontrado no YouTube.
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