O filme “O Ouro e o Mundo”, do realizador português Ico Costa, integra a competição oficial do Festival de Cinema de Marselha, que começa no dia 25 em França, revelou a organização.
Selecionado para a competição internacional, “O Ouro e o Mundo” é a segunda longa-metragem de Ico Costa e foi rodado integralmente em Moçambique, onde o realizador tem trabalhado em anos recentes.
“O filme acompanha um jovem casal e conta uma história como tantas outras em Moçambique, onde, devido à falta de oportunidades em muitas zonas do país, homens com 20 e poucos anos saem de casa por alguns meses ou vários anos para trabalhar”, refere a produtora em nota de imprensa.
“O Ouro e o Mundo” fará a estreia internacional em contexto de festival em Marselha, semanas depois de ter sido premiado como Melhor Longa-Metragem Portuguesa no festival IndieLisboa.
Sobre a produção de “O Ouro e o Mundo”, com coprodução francesa, Ico Costa explica que o filme foi adiado várias vezes por causa da pandemia da covid-19 e as circunstâncias no terreno acabaram por ditar que fosse feito com “uma equipa pequena e equipamento mínimo”.
Na competição internacional está também o filme austríaco “It is at this point that the need to write history arises”, de Constanze Ruhm, com coprodução minoritária portuguesa, e a produção brasileira “Parque de diversões”, de Ricardo Alves Jr.
Nas restantes secções competitivas, há ainda duas coproduções minoritárias nacionais: “Habits d’Automne”, curta-metragem francesa de Yohei Yamakado, e “Bienvenidos conquistadores interplanetários y del espacio sideral”, longa-metragem colombiana de Andrés Jurado.
O festival de Marselha tinha já anunciado anteriormente que a abertura oficial será com “Grand Tour”, de Miguel Gomes, que acaba de ser distinguido no festival de Cannes.
Está prevista ainda uma retrospetiva do cinema do realizador brasileiro Adirley Queirós e da realizadora portuguesa Joana Pimenta.
O festival termina no dia 30.
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