A caminho dos
Óscares 2025
Na lista encontra-se ainda “Misericórdia”, do francês Alain Guiraudie, com coprodução portuguesa pela Rosa Filmes.
Em comunicado, a Academia Europeia do Cinema lembrou que a seleção foi feita por um painel, consultando vários peritos europeus, e que é desta lista que resultarão os nomeados aos prémios, que são entregues em dezembro, na Suíça.
Os restantes filmes selecionados vão ser anunciados em setembro e as nomeações reveladas a 5 de novembro.
A história de "Grand Tour" segue um romance de início do século XX, com Edward (Gonçalo Waddington), um funcionário público do império britânico que foge da noiva Molly (Crista Alfaiate) no dia em que ela chega para o casamento.
“Contemplando o vazio da sua existência, o cobarde Edward interroga-se sobre o que terá acontecido a Molly… Desafiada pelo impulso de Edward e decidida a casar-se com ele, Molly segue o rasto do noivo em fuga através deste ‘Grand Tour’ asiático”, refere a sinopse.
Miguel Gomes já conquistou o prémio de melhor realização no festival de Cannes deste ano com “Grand Tour”, um feito até aqui inédito para o cinema português.
Na preparação deste filme, ainda antes da pandemia da COVID-19, Miguel Gomes fez um arquivo de viagem pela Ásia – por exemplo, Myanmar (antiga Birmânia), Vietname, Tailândia, Japão -, para traçar o trajeto das personagens, recolhendo imagens e sons contemporâneos para uma longa-metragem de época de 1918.
Só depois desse périplo, Miguel Gomes rodou as cenas com os atores em estúdio, em Roma. O argumento é coassinado pelo cineasta com Mariana Ricardo, Telmo Churro e Maureen Fazendeiro.
“O que é interessante no cinema é que se pode viajar para um mundo alternativo, um mundo ficcional que contém todos os tempos; as memórias do tempo passado, o tempo atual em que vivemos, o presente”, disse Miguel Gomes em conferência de imprensa em Cannes.
“Grand Tour” foi produzido por Uma Pedra no Sapato, de Filipa Reis, em coprodução com Itália, França, Alemanha, China e Japão.
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