"Homem-Formiga" foi um grande sucesso no verão de 2015, mas também teve os seus problemas de bastidores: um ano antes, Edgar Wright abandonou a realização por causa das habituais "diferenças criativas". E garante que nunca viu ou vai ver o filme, que acabou por ser feito por Peyton Reed.
Este ponto baixo na carreira volta agora a ser abordado em novas entrevistas porque o realizador regressa agora aos cinemas com "Baby Driver -Alta Velocidade", que está a receber algumas das melhores críticas da temporada.
Responsável por filmes de culto como "Zombies Party - Uma Noite... de Morte" (2004), "Hot Fuzz - Esquadrão de Província" (2007) e "Scott Pilgrim Contra o Mundo" (2010), ele trabalhou no argumento com o colega Joe Cornish durante cerca de oito anos.
Uma das confirmações foi que o momento decisivo para "abandonar o barco" foi quando a Marvel quis trazer outra pessoa para dar uma volta ao argumento: perante a prova de desconfiança e sentindo que o estúdio "não queria fazer um filme de Edgar Wright", este recusou colocar-se na posição de ser um "realizador contratado" para filmar o que foi escrito por outra pessoa.
Agora, numa entrevista ao Uproxx, garante que não se arrepende da decisão, embora lamente o tempo que ele e Cornish perderam e descreva como penosos os quatro meses que se seguiram até que "Baby Driver" recebeu luz verde para avançar.
E não mostrou qualquer interesse em "Homem-Formiga": "Não o vi e nem sequer vi o trailer. Seria tipo alguém perguntar-me "'Queres ver a tua antiga namorada a fazer sexo?' Do género, 'Não, não é preciso'".
"O mais próximo que estive foi quando alguém sentado ao pé de mim num avião o estava a ver. E quando percebi o que a pessoa sentada ao meu lado ia começar a ver o filme, pensei, 'talvez vá trabalhar um pouco no meu portátil'", recordou.
Edgar Wright acrescentou que Paul Rudd é um grande amigo e num jantar recente lhe disse que embora nunca vá ver "Homem-Formiga", ele "era a parte mais engraçada" de "Capitão América: Guerra Civil".
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