
O festival internacional de cinema Porto Femme vai homenagear, em abril, a realizadora portuguesa Rita Azevedo Gomes, reconhecendo-lhe a “abordagem singular na Sétima Arte e a “notável contribuição” para o cinema independente.
“Esta distinção sublinha a sua vasta carreira, marcada pela experimentação, pela riqueza estética e pela profunda reflexão sobre o cinema enquanto expressão artística”, revelou o festival em nota de imprensa na quarta-feira.
O festival internacional de cinema Porto Femme, que programa “o melhor cinema produzido por mulheres”, prepara a oitava edição, de 7 a 13 de abril, no Batalha Centro de Cinema, Casa Comum, Maus Hábitos, Passos Manuel e Universidade Lusófona do Porto.
Sobre a homenagem a Rita Azevedo Gomes, o festival vai exibir o filme “Altar” (2003), recentemente restaurado e que, a partir de um conto de Herman Hesse, “reflete a sua assinatura estética e conceptual, relacionando a literatura, o teatro e a pintura”.
No âmbito desta homenagem, o festival vai acolher duas oficinas, sobre guarda-roupa para cinema e sobre distribuição cinematográfica.
Rita Azevedo Gomes, 73 anos, com formação em artes plásticas, trabalha em cinema desde os anos 1970 em várias funções, desde assistente de realização a figurinista.
Estreou-se na realização em 1990, com "O som da terra a tremer", tendo feito, depois, obras como "Frágil como o mundo" (2001), "A vingança de uma mulher" (2012), "A portuguesa" (2018) e “Trio em Mi Bemol” (2022).
Em 2023 recebeu um prémio de carreira no Festival do Documentário e da Curta-Metragem de Bilbau (Zinebi), em Espanha, sendo uma das mais recentes distinções do percurso no cinema.
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