
A sétima edição do Festival D’Onor, no concelho de Bragança, tem no cartaz pela primeira vez uma banda de fora da Península Ibérica, que virá da Roménia com música de inspiração balcânica, disse hoje à Lusa a organização.
O festival começa na sexta-feira e decorre até domingo na aldeia de Rio de Onor, no concelho de Bragança, e a envolvente estende-se à homónima espanhola Rihonor de Castilla, com a qual faz fronteira, mas que, destaca a organização, é como se fosse uma “aldeia sem fronteira”.
Os Fanfare Ciocărlia são oriundos de Zece Prăjini, no nordeste da Roménia, banda conhecida como ‘brass bands’ no mundo, e encontram-se em digressão pela Península Ibérica, sendo cabeça de cartaz do festival D’Onor deste ano.
“É música de inspiração Balcãs. É música de fanfarra de um conjunto de metais. Vai aportar a este festival um espírito internacional e de músicas do mundo, e são uma grande mais-valia”, contou à Lusa David Vaz, diretor do evento e membro da associação Montes de Festa.
Expresso Transatlântico, Prieto Picado ou Ls Madrugadores, um projeto mirandês, estão também no cartaz musical, que conta com concertos durante a noite, mas também durante o dia, junto ao rio.
O campismo continua, à semelhança de outros anos, a ser gratuito, com a novidade de haver agora espaço para autocaravanas.
“Batemos o recorde de inscrições já há algum tempo. Estamos a contar com perto de 500 pessoas. Estamos neste momento com perto de 390 campistas e cerca de 60 autocaravanistas. O máximo que já tivemos foi 180, 190 inscrições. Sentimos que há um interesse enorme e que já é um marco na região”, partilhou David Vaz.
O festival começa na sexta-feira à noite, com o já habitual “Baile do Gaiteiro”, que reproduz os bailes de antigamente naquela região e onde a música é tocada de improviso.
A primeira banda a subir ao palco principal, o Palco da Faceira, são os Hardança. Este é mais um projeto musical local, nascido entre Bragança e Miranda do Douro, que “articula tradição e contemporaneidade”, descreveu a organização.
Neste projeto, acrescentou, há vozes que cantam músicas originais em português e em mirandês, acompanhadas de instrumentos como viola braguesa, bouzouki, gaita-de-foles ou saxofone.
O Festival D’Onor é um “evento que une dois povos, num só território simbólico (…) onde a cultura se vive de forma livre, comunitária e intensa”, descreveu a organização numa nota escrita com a apresentação da edição de 2025.
Além da música, cruza-se a tradição, gastronomia e experiências criativas, num festival que quer afirmar uma identidade única, “feita da força das raízes e da ousadia da criação contemporânea”.
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