Mais de 90 mil pessoas terão passado pelo Festival Músicas do Mundo (FMM) durante os nove dias de música que começaram em Porto Covo a 17 de julho e terminaram hoje em Sines, segundo adiantou a organização, da responsabilidade da Câmara Municipal local.
"Tendo em consideração que os números de bilheteira superaram em todos os dias os números de 2014, claramente vamos ter um número acima desse", disse hoje à Lusa Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines, recordando que no ano passado cerca de 90 mil pessoas terão estado no festival.
A aposta na "diversidade" é uma das bandeiras do festival que trouxe à Costa Alentejana géneros musicais para todos os gostos do folk ao rock, jazz e fado e do hip hop à música eletrónica, reggae, funk e metal.
"A diversidade que temos em termos de programação, uma vez que estamos empenhados em atingir vários públicos-alvo, contribui, sem dúvida nenhuma, para que os mais jovens possam vir a este festival", destacou o autarca.
Capicua, Janita Salomé e Ricardo Ribeiro foram alguns dos músicos nacionais a subir aos palcos do festival, por onde passaram também Elida Almeida, de Cabo Verde, Dona Onete, do Brasil, Aline Frazão, de Angola, Ana Tijoux, do Chile, Sagapool, do Canadá, Pascals, do Japão, Shanren, da China, Troker, do México, e Flat Earth Society, da Bélgica, entre muitos outros.
Com nove dias de música sem pausas, ateliês para crianças, exposições, feira do livro, do disco, de artesanato e de roupa, conversas com artistas e apresentação de documentários, o FMM recebeu ao todo 45 projetos musicais oriundos de mais de 30 países diferentes de quatro continentes do mundo, divididos entre Porto Covo e Sines.
Os Moriarty (França/EUA), que já tinham estado no auditório do Centro de Artes em 2008, regressaram a Sines este ano para abrir os concertos da última noite no principal palco do Festival Músicas do Mundo (FMM), enquanto a plateia se foi compondo rapidamente, até encher o Castelo.
Vindos do Mali, Toumani & Didiki Diabaté, pai e filho, cativaram a audiência com duetos de kora, um instrumento tradicional de 21 cordas, também usado pelo projeto do conterrâneo Salif Keita, um dos músicos mais esperados do festival, que subiu ao palco logo de seguida para um espetáculo acústico.
As honras de marcar o ritmo do tradicional lançamento do fogo-de-artifício couberam este ano a Orlando Julius & The Heliocentrics (Nigéria e Reino Unido) com a energia do afrobeat tocado por oito elementos em palco.
A festa continua até ao nascer do sol na avenida Vasco da Gama, junto à baía de Sines, com Yat-Kha (Tuva - Rússia), Alo Wala (EUA/Dinamarca) e de Awesome Tapes From Africa (EUA).
@LUSA
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