Asha Daniels, que trabalhou como designer de guarda-roupa de Lizzo durante a digressão de 2023, apresentou um processo contra a artista. A ex-funcionária acusa a norte-americana e a sua equipa de assédio sexual, discriminação racial, agressão e despedimento sem justa causa.
A designer acusa, em particular, Amanda Nomura, responsável pelo guarda-roupa. alegando que esta fez vários comentários transfóbicos e gordofóbicos. Segundo o testemunho de Asha Daniels, Nomura, terá chamado “burras”, “inúteis” e “gordas” às mulheres negras da equipa.
No processo, a designer de guarda-roupa diz que "o agenciamento da Lizzo tinha conhecimento deste comportamento". "A tour manager de Lizzo, Carlina Gugliotta, terá inclusivamente pedido à queixosa para gravar Nomura sem o seu conhecimento, algo que a queixosa não fez, por ser antiético e possivelmente ilegal", pode ler-se.
Na queixa apresentada, Asha Daniels confessa que recebeu mensagens "com imagens gráficas e perturbadoras de genitais masculinos".
Em agosto, a cantora norte-americana foi acusada de assédio sexual e moral por três das suas antigas dançarinas.
Segundo a NBC News, Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez acusam a artista norte-americana de assédio sexual, moral, racial e religioso e de criar um ambiente de trabalho hostil. De acordo com o processo aberto esta terça-feira, dia 1 de agosto, os incidentes aconteceram entre 2021 e 2023.
As antigas bailarinas alegam que Lizzo as forçou a tocar numa pessoa nua durante uma festa, acusando ainda a cantora de fazer falsas acusações. Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez dizem também que a artista, conhecida por defender o amor próprio e a positividade do corpo, despediu um membro da equipa por ter engordado.
"Estou magoada"
Dias depois das primeiras acusações, Lizzo reagiu em comunicado. Na publicação, a artista confessou que os "últimos dias" foram "extremamente difíceis e decepcionantes". "A minha ética e moral no trabalho e o respeito foi questionado. A minha personalidade tem sido questionada. Geralmente, opto por não responder a falsas alegações, mas estas são inacreditáveis e demasiado escandalosas para não merecerem um comentário", defendeu.
No comunicado, a cantora de 35 anos sublinhou que se dedica de forma apaixonada ao seu trabalho. "Às vezes tenho que tomar decisões difíceis, mas nunca é minha intenção fazer alguém sentir-se desconfortável ou como se não fosse valorizado como uma parte importante da equipa", confessou.
"Estas histórias sensacionalistas partiram de antigas funcionárias que já admitiram em público que lhes foi dito que o seu comportamento em digressão era desadequado ou pouco profissional. Não estou aqui para ser vista como vítima, mas também sei que não sou a vilã que as pessoas e os media têm dito que sou, nos últimos dias", escreveu Lizzo na sua conta no Instagram. "Sou muito aberta no que respeita à minha sexualidade e à forma como me expresso, mas não posso aceitar que as outras pessoas usem essa abertura para fazerem de mim algo que não sou", rematou.
A norte-americana confessou ainda que sabe "como é sentir vergonha do corpo diariamente", frisando que "nunca criticaria ou demitiria um funcionário por causa do seu peso". "Estou magoada, mas não vou deixar que o bom trabalho que fiz no mundo seja ofuscado por isto", garantiu.
Leia o comunicado:
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