NTS, membro do coletivo Recarga, encontra-se numa situação hospitalar extremamente delicada após uma passagem de ano que terminou da pior forma possível para o jovem músico.
O rapper de 21 anos está neste momento em coma induzido, após ter sido baleado por um elemento da GNR. Aparentemente o condutor da viatura onde se encontrava o jovem, terá numa primeira instância tentado fugir a uma operação STOP e seguidamente não terá respeitado as ordens de paragem dos elementos policiais.
O incidente ocorreu por volta das 7 de manhã em Rio Meão, Santa Maria da Feira e de acordo com o TVI 24, só terá acabado após o jovem ter sido baleado.
Segundo a mesma fonte, NTS estará internado na Unidade de Cuidados Intensivos, encontrando-se sujeito a ventilação mecânica.
Entretanto a Policia Judiciária já estará a investigar o caso.
No Facebook do artista pode ler-se o seguinte comunicado:
«Bem, custa-me estar aqui a escrever isto em lágrimas mas, para evitar a especulação e por respeito à familia do Nts Recarga, depois de falar com o Vitor Alpha, optamos por partilhar o que já se sabe até ao momento:
O Fábio está em coma induzido e o estado é critico. A bala entrou pelo abdomen e saiu pela perna, sem atingir orgãos vitais, mas causando muitas hemorragias internas. Estas primeiras 48 horas são cruciais.
Em relação ao que se passou, sabe-se alguma coisa mas há muito por explicar. Na madrugada de 1 janeiro, às 7 da manhã, em Esmoriz, o Fábio (como passageiro) foi mandado parar pela GNR de Lamas numa operação stop. O condutor fez inversão de marcha e daí para a frente sabe-se pouco, ainda é tudo muito confuso, mas sabe-se o seguinte:
1- O tiro foi dado à queima roupa e a pé, pela trajectória da bala.
2- A GNR chamou o INEM e preencheu o auto como "acidente de viação"
3- Foi o médico do hospital de Santa Maria da Feira que, ao vê-lo baleado, chamou a Polícia Judiciária.
4- A Polícia Judiciária foi dar com a GNR de Lamas, no posto, a fazer a sua própria "peritagem", depois de terem retirado o carro do local do "acidente". Foi a PJ que encontrou a bala, cravada no assento do passageiro.
5- O que foi dito ao irmão do condutor e ao tio do Fábio: "lamentamos o sucedido, mas numa operação de rotina o nosso agente escorregou e atingiu o passageiro com um disparo de uma 9mm."
E é isto. A nossa prioridade é o Fábio. Quando ele recuperar, QUE VAI RECUPERAR porque é forte como nenhum de nós é, vamos ao fundo com isto. Tá na cara que se a PJ não chega a tempo de apanhar essa bala no assento do carro, isto ia ser mais uma daquelas "ninguém sabe, ninguém viu". Pode ser que alguém escorregue para cima deles também. Tememos que abafem isto se puderem. Tentar, já tentaram, foi tudo muito mal contado desde o início.
Fábio, amamos-te e queremos-te aqui. Força!»
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