As aparições públicas do músico de 39 anos têm sido raras desde maio de 2023, quando anunciou a suspensão de uma digressão mundial para promover o álbum “Multitude” devido a problemas de saúde.

Na passada quinta-feira, Stromae era só sorrisos, vestido com um casaco escuro e gravata, ao receber o prémio de “Comandante da Ordem da Coroa” das mãos do rei.

Esse título das ordens nacionais belgas premia o “mérito excepcional” nos campos artístico, literário ou científico, de acordo com as autoridades locais.

Stromae - nome artístico de Paul Van Haver - foi homenageado juntamente com cerca de vinte personalidades belgas, algumas das quais foram premiadas com o nobre título de barão, como o dançarino e coreógrafo Sidi Larbi Cherkaoui.

Num texto escrito pelo palácio real belga e lido ao público, Stromae foi celebrado pelo “seu talento e audácia”, pois “redefiniu os contornos da música contemporânea” com a sua mistura de música francesa, rap, electro e ritmos de várias partes do mundo.

“A sua arte faz a Bélgica ressoar em todo o mundo. Como um certo Jacques Brel no seu tempo, (...) Stromae sabia como criar um universo musical profundo e não convencional, que ressoa com as obras dos grandes artistas surrealistas do século XX”, aponta o texto.

Stromae já havia interrompido a digressão para apresentar seu álbum “Racine Carrée” em 2015, quando se soube que estava a sofrer uma depressão agravada pelos efeitos colaterais de um medicamento antimalárico.

O músico regressou aos palcos em 2022 para apresentar o álbum “Multitude”, que incluía o tema “L'Enfer” (“O Inferno”), na qual analisa a sua experiência com pensamentos suicidas. O álbum foi um sucesso mundial imediato.