Os números relativos à atividade artística foram revelados à agência Lusa pelo cineteatro, e mostram uma quebra de 2.000 espectadores relativamente a 2016, que foi acompanhada por uma diminuição dos espetáculos apresentados, 76 em 2016, contra os 54 no ano passado.
O Cineteatro D. João V reabriu a 5 de setembro de 2015, após alguns anos encerrado, e depois de ter sido alvo de uma recuperação arquitetónica, desenvolvida pela Câmara Municipal da Amadora, sob a direção de Raquel Reis, que “permitiu conciliar uma programação de teatro, dança, música e cinema”. A sala tem uma lotação de 350 lugares, segundo a mesma fonte.
A comédia “A Grande Ressaca", protagonizada pelo ator Carlos Cunha, que também encena, sobe à cena no sábado, dia 13, às 21:30, e conta com os desempenhos de Érika Mota, Nuno Pires, Élia Gonzalez e Lígia Ferreira.
Carlos Cunha desempenha o papel de Alberto, um empresário de mariscos congelados que há dez anos perdeu a mulher para Ramiro, um outro empresário com que vende mariscos vivos. Alberto vive angustiado com a perda e nunca deixou de acreditar no regresso da mulher a casa, segundo nota da produção.
Também este mês, na sala da Damaia, no dia 20, sobe à cena o bailado “O Quebra-Nozes”, pelo Royal Russian Ballet.
Com música de Tchaikovsky, segundo coreografia original de Lev Ivanov e libreto de Marius Petipa, o bailado é inspirado numa narrativa do escritor francês Alexandre Dumas que motivou o conto homónimo de E.T. Hoffmann.
O cineteatro considera este “espetáculo intemporal, com mais de 40 bailarinos em cena, apresentando toda a beleza e o drama do autêntico bailado romântico”.
No dia 26, sobem ao palco da Damaia, José Cid e a sua banda, para passar em revista cinco décadas de êxitos como “Lenda de El-Rei D. Sebastião”, “A Rosa que te Dei”, “A Cabana Junto à Praia” ou “A Minha Música”.
O filme “A Menina da Rádio” (1944), de Arthur Duarte, inspirou o musical homónimo dirigido por Joana Mestre e Manu Teixeira, que chegará ao D. João V, no dia 28, às 15:30.
Segundo uma nota da produção, o filme foi a inspiração “para retratar uma época específica do pós II Guerra Mundial, onde a prosperidade assiste a mudança numa perspetiva global”.
"O guião é uma criação de Joana Mestre, e aborda a década de 1950, utilizando como fio condutor o ambiente mitológico da rádio dessa época, envolvendo as áreas da dança, música e teatro, com participantes de várias idades dentro destas áreas", segundo o texto de apresentação da temporada.
O edifício do cineteatro, da autoria do arquiteto Luís Soares Branco, foi inaugurado em 1966, e possui um painel de baixo-relevo do escultor Domingos Soares Branco (1925-2013), representando um caleidoscópio de cores.
Entre outros nomes que subiram ao palco do D. João V, durante décadas, até finais dos anos 1990, contam-se Bryan Adams e Rui Veloso, os festivais de Magia, de caráter internacional, e de Música Popular Portuguesa, entre outros.
Os músicos António Pinto Basto, Rogério Charraz, Paco Bandeira, António Manuel Ribeiro, Rita Gordo, Vanessa Alves, Os Alentejanos da Damaia e Pedro Mestre, o ator Carlos Areia e o poeta José Luís Gordo foram alguns nomes que preencheram a programação dos últimos dois anos, nesta sala de espetáculos.
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