O membro de um gangue que matou a tiro o rapper norte-americano Nipsey Hussle em Los Angeles, em 2019, foi condenado esta quarta-feira a 60 anos de prisão.
Eric Holder, de 32 anos, admitiu durante o julgamento ter matado Nipsey Hussle, estrela em ascensão do rap norte-americano, embora tenha defendido que agiu “sob a influência da paixão", sem ter planeado a morte.
Esta versão não foi correspondida pelo júri que, em julho, declarou o norte-americano culpado por homicídio e, portanto, considerou que este agiu premeditadamente.
O juiz responsável pelo caso condenou esta quarta-feira Holder a uma pena mínima de 25 anos pelo homicídio, com mais 25 anos devido ao uso de arma de fogo e dez anos adicionais por atirar e ferir outros dois homens que estavam por perto.
A morte de Nipsey Hussle, em março de 2019, aos 33 anos, comoveu profundamente os Estados Unidos.
Após a tragédia, muitas estrelas, incluindo Stevie Wonder e Snoop Dogg, prestaram homenagem a este rapper altamente cotado no mundo do hip-hop.
Dezenas de milhares de pessoas compareceram à cerimónia realizada em sua memória em Los Angeles, onde foi lida uma mensagem do ex-Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Apesar de abrir a sua loja de roupas no bairro de South Los Angeles, onde passou a sua infância, Nipsey Hussle permaneceu ligado ao mundo dos gangues onde cresceu.
O seu homicida, Eric Holder, era membro do "Rollin 60s Crips", organização à qual o rapper também pertencia.
Antes de morrer, o artista desentendeu-se com Holder.
Durante o julgamento, o procurador defendeu que o assassino teve "todo o tempo para premeditar" o seu gesto.
Nipsey Hussle, de ascendência eritreia, foi homenageado postumamente com dois prémios Grammy em 2020, pelos seus temas "Racks in the Middle" e "Higher".
Em agosto, também foi premiado com uma estrela póstuma na Hollywood Boulevard.
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