A promotora Live Experiences, num comunicado hoje divulgado, recorda que já tinha anunciado nas redes sociais que o festival, que iria decorrer no Centro de Congressos do Estoril, em Cascais, teria de ser adiado.
“O respeito pelo público é máximo e dadas as contingências provocadas pela pandemia COVID-19 impossibilitando de o realizar agora em abril, teríamos que pensar numa solução forte. Está encontrada: vamos lutar com tudo para fazer acontecer a 25 e 26 de fevereiro uma memorável edição”, lê-se no comunicado.
Os bilhetes emitidos para os dias 9 e 10 de abril deste ano, bem como os da remarcação de 13 e 14 de novembro de 2020 “são válidos para a nova data (25 e 26 de fevereiro de 2022), não sendo necessário fazer a troca”.
A organização recorda que, no caso de quem tem bilhete e optar pelo reembolso “tem direito à devolução do preço do bilhete, no prazo de 14 dias úteis a partir da data prevista para a realização do evento (período de09 de abril a 28 de abril de 2021), ou proceder à emissão de um vale de igual valor ao preço pago, a ser solicitado no local onde adquiriu o bilhete”.
Segundo a organização, “serão anunciadas em breve novas confirmações” para o cartaz.
O cartaz da edição que deveria realizar-se na sexta-feira e no sábado incluía, entre outros, Ezra Collective, Moses Boyd, Joe Kay, Rejjie Snow, Kelsey Lu, Coucou Chloe, Biig Piig, Lhast, Chong Kwong, PEDRO, Shaka Lion Live Act, Holly, Progressivu e Carla Prata.
Desde março do ano passado, têm sido adiados vários festivais de música em Portugal.
O verão de 2020 decorreu sem os habituais festivais, com a Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) a estimar uma perda de cerca de 1,6 mil milhões de euros, contra os dois mil milhões originados em 2019.
Em março deste ano, começaram a ser anunciados os adiamentos, para 2022, de alguns festivais, inicialmente previstos para o ano passado: Rock in Rio Lisboa e NOS Primavera Sound, no Porto, previstos para junho, EDPCoolJazz, em Cascais, Boom Festival, em Idanha-a-Nova, agendados para julho. Já antes, em novembro do ano passado, o Barroselas Metalfest, previsto para o final de abril e começo de maio deste ano, tinha anunciado que não se realizaria em 2021.
No entanto, há vários festivais de música marcados a partir de julho em Portugal, entre os quais o NOS Alive (julho), em Oeiras, o SBSR (julho), em Sesimbra, o MEO Sudoeste (agosto), em Odemira, e o Vodafone Paredes de Coura (agosto), no distrito de Viana do Castelo.
De acordo com o ‘plano de desconfinamento’ do Governo, anunciado em 11 de março, a partir de 3 de maio, poderão voltar a realizar-se “grande eventos exteriores e interiores, sujeitos a lotação definida” pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o que pode vir a incluir festivais.
Entretanto, foi publicado em Diário da República, com efeitos a 01 de abril, o decreto-lei sobre espetáculos, que prevê a realização de “eventos teste-piloto” e estabelece condições de devolução do valor de bilhetes, quando há anulação ou adiamento.
O agendamento destes eventos de teste poderá eventualmente abrir caminho à possibilidade de “alteração da orientação em vigor”, que define limites de público, em função do distanciamento físico e da área disponível, em equipamentos culturais, como salas de teatro e cinema, e na realização de programação ao ar livre.
O diploma estabelece igualmente as condições para a eventual devolução do valor de bilhetes para espetáculos e festivais, inicialmente previstos para 2020, e, entretanto, adiados para 2022.
Segundo o Governo, “no caso dos espetáculos e festivais inicialmente agendados para o ano de 2020, e que ocorram apenas em 2022, prevê-se que os consumidores possam pedir a devolução do preço dos bilhetes, no prazo de 14 dias úteis a contar da data prevista para a realização do evento no ano de 2021”.
Se o consumidor não pedir a devolução, “considera-se que aceita o reagendamento do espetáculo para o ano de 2022”. O mesmo se aplica "aos vales emitidos com validade até ao final do ano de 2021, que passam a ser válidos até ao final do ano de 2022”.
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