João Só nunca se manifestou zeloso pelo seu nome, procurando sempre contrariar o mesmo desde pequeno com a vinda de Coimbra para a capital do país, ou juntando-se aos pobres Abandonados para o seu álbum de estreia. Agora, no concerto TMN ao Vivo, João Só voltou a contrariar as suas origens ao encher o armazém 65 da Rua da Cintura em Lisboa.
Com um ambiente bastante festivo e animado, o espaço não tardou a encher, repleto de diversas celebridades que se misturavam com a multidão com um "Só" objetivo: assistir ao espetáculo de João.
Palmas, gritos e guinchos fizeram-se ouvir quando as luzes se apagaram e os holofotes focaram o palco em que vieram a surgir João Só e os seus companheiros de palco, mas não os Abandonados.
Contudo, "Solidão" foi o tema de abertura do concerto, tendo gerado uma enchente imediata de aplausos e euforia que se faziam estender às mais diversas faixas etárias e padrões sociais presentes no local. "Boa noite a todos. Obrigada por terem vindo debaixo desta chuva. São os maiores!", saudou o cantor de Coimbra enquanto as gotas de água caiam como se quisessem abafar o estrondoso concerto em marcha, tendo por isso falhado a sua missão.
Logo de seguida, enquanto a chuva e o nevoeiro pintavam o céu com uma palete bastante monótona de cores, o recinto do TMN ao Vivo encheu-se de cor a pedido de João Só, ao som de "É P'ra Ficar", quando o cantor apelou ao uso dos pequenos pauzinhos florescentes que iluminaram a sala de um laranja bastante garrido, enaltecendo assim a vivacidade com que se viviam os momentos em concerto.
Sempre com coros afinados e palmas ritmadas, o público mostrou-se sempre recetivo a qualquer tipo de exibição em palco, tendo vibrado com a ideia do concerto estar a ser filmado pela equipa do artista. E mais emoções vieram à tona com João Só a aproveitar a sua audiência para felicitar os bebés do dia com os seus "parabéns", bem como a dedicatória da noite que se dirigiu à sua noiva, num momento digno de um filme de romance em que os guinchos femininos sucumbieam à emotividade do momento. "Esta é a música mais diferente que tenho, e aproveito para a dedicar à minha querida noiva", declarou o fã dos Beatles, seguindo-se a faixa "Vais Ter Que Me Aturar".
E um concerto, por mais curto que seja, não é verdadeiramente um concerto sem ter direito a um encore. E sem querer fazer qualquer desfeita, João Só brindou a sua plateia com um depois dos gritos completados entre os sexos masculino e feminino, onde "só" dos homens dava entrada para um "mais uma" das raparigas.
Desta forma, os ânimos aumentaram com os mais entusiastas a formar um moche diante do palco enquanto João Só tocava aquela que foi a primeira música que fez na vida, "Topa-me o Top", segundo as suas palavras.
Por fim, e para encerrar, o cantor pôs um ponto final no momento musical com um dos seus grandes êxitos, logo após os agradecimentos feitos a toda a sua equipa e apoios dados para um concerto que já de si, visto ter durado pouco mais de uma hora, era pequeno. E o concerto pareceu ainda mais curto face à histeria e boa vibração do momento que todos partilharam. Foi um final de dia pouco alongado mas bastante agradável…e não houve quem pudesse-se sentir "Só".
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