Ana Perrote, Carlotta Cosials, Aden Martin e Amber Grimbergen, cuja lista de canções interpretadas contará com os êxitos "Guarden" e "Caribbean Moon", que integram o único álbum da banda, são um dos destaques do Vodafone Mexefest, que vai decorrer em Lisboa nos dias 24 e 25 de novembro. Antes da viagem até Portugal, o grupo conversou com o SAPO Mag.
Quatro amigas de Madrid juntaram-se em 2011 para fazer canções. Depois de muitos concertos para amigos, de várias noites a animar festas alternativas da noite madrilena, as Hinds foram para estúdio para gravar “Leave Me Alone”, o primeiro disco, editado em 2016. "Éramos quatro amigas de Madrid... bem, agora também somos amigas, mas também somos um grupo. Acho que a nossa música é rock, pop e punk mais ou menos na mesma proporção", explicam as jovens ao SAPO Mag.
O trabalho de apresentação da banda aposta na sonoridade lo-fi, com um equilíbrio entre melodias pop e os ritmos a rasgar no rock’ n’ roll. “Bamboo” foi o cartão de visita para o mundo das jovens de Madrid que contam com um disco na bagagem - "Leave Me Alone" (2016).
Antes de gravarem as novas canções, as Hinds ouviram outras bandas para se inspirarem. "Ouvimos muitas coisas para nos inspiramos. Ouvimos muito Los nastys, The Parrots, Los Strokes, The Growlers, Shannon and The Clams, Juan Wuaters", relembram.
"Somos inspiradas um pouco por tudo, da atualidade e do passado. Depende se é para desenhar o merchandising, se é para compor canções. Mas deixamos-nos inspirar tanto por Bob Dylan como pelo Chance The Rapper", contam.
Feministas assumidas - "Somos feministas, claro. É uma honra e um desafio" -, as Hinds foram uma das bandas que atuou na última edição do festival Glastonbury. "Foi muito, muito, muito divertido atuar no Glastonbury. Atuamos duas vezes, em dois palcos principais diferentes. A primeira vez foi no primeiro dia do festival, pela manhã, e tudo correu bem. A segunda vez também correu bem, mas foi no último dia. Acampamos no Glastonbury na edição mais chuvosa dos últimos 20 anos, de modo que a Amber (baterista) torceu o tornozelo numa colina, a Carlotta (vocalista) vomitou durante dois dias e o apêndice do nosso agente rebentou na noite antes do concerto", revelam.
Sobre o concerto no Vodafone Mexefest, em Lisboa, a banda promete um espetáculo "totalmente diferente e com canções novas". "Tocamos em Lisboa há dois anos e essa foi a primeira vez que cantamos as nossas canções num festival (Rock in Rio Lisboa). Temos boas lembranças desse fim de semana. O nosso tour manager na época (que não é o mesmo que estava em Glastonbury, mas sim um amigo íntimo) bebeu demasiado na noite em que tocamos e tinha de nos levar ao hotel. Foi levado pela política e ficou sem a carta de condução. Acho que vai querer voltar", contam.
O Vodafone Mexefest vai decorrer nos dias 24 e 25 de novembro, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
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