O teatro, a dança, a música e os cruzamentos entre áreas são as linguagens artísticas representadas na programação, com espetáculos em sala e ao ar livre.
“Quisemos muito contemplar a diversidade das artes performativas, quer nos formatos, quer na forma como se aproximam dos públicos, quer nos temas”, realçou hoje a codiretora do festival, Sílvia Pinto Ferreira, durante a conferência de imprensa de apresentação do Y#20.
A responsável sublinhou que o Festival Y foi o primeiro da Beira Interior a dedicar-se às linguagens artísticas emergentes nas artes performativas, “tornou-se uma referência na oferta artística” e é “um símbolo de uma resistência cultural que, apesar das adversidades no percurso, se foi afirmando a cada edição”.
“São 20 edições de um festival independente e descentralizado”, acrescentou Sílvia Pinto Ferreira, segundo a qual o Y ganhou “impacto nacional e internacional pelos seus contributos para a circulação de obras e artistas de natureza emergente e experimental”.
A cantora e compositora Ana Lua Caiano abre a programação, a 4 de abril, no Teatro Municipal da Covilhã, com o seu som “entre o tradicional e a música eletrónica”.
Durante as datas do festival está aberta a chamada de trabalhos para a seleção de dois criadores emergentes para a próxima edição do Y.
Os escolhidos no ano passado são Margarida Monteny & Carminda Soares, com a performance “Simulacro”, no dia 12, no Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco, e Fábio Januário, com o espetáculo de dança “Musseque”, no dia 18, no Teatro Municipal da Covilhã.
A 4 de maio sobe ao palco do Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, a peça “Ciclone”, de Leonor Cabral, e dia 9, no ‘foyer’ do Teatro Municipal da Covilhã, soa a música da harpista Angélica Salvi.
O teatro volta dia 10, no Auditório do Teatro das Beiras, com “Casa de Praia”, de Anabela Almeida, e dia 18 é a vez da dança de Cristina Plana Leitão se apresentar no Teatro Municipal da Covilhã, com “O sistema”.
O programa inclui também o resultado de duas residências artísticas realizadas em 2023.
O projeto “Romaria”, sobre tradições populares, do coletivo Réptil, é apresentado no dia 2 de junho, ao ar livre, no Paul, vila do concelho da Covilhã, enquanto Mafalda Saloio & e a Filarmónica Recreativa Cortense mostram o resultado da sua colaboração no espetáculo de teatro-música “Sforzando” a 9 de junho, em Belmonte.
No mesmo dia, no Teatro Municipal da Covilhã, os cruzamentos artísticos estão em palco pela mão dos Pé de Pano e “Que corpo é este que anda por aí”.
É também com um espetáculo de cruzamentos que o Festival Y encerra, dia 19 de junho, no Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco, com os espanhóis Cia Altraste Danza e “Nancy em Vietnam”.
O preço do bilhete varia em função da sala.
De acordo com a codiretora, o orçamento ronda os cem mil euros.
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