A Recording Academy afirmou que os seus mais de 11.000 membros decidirão os nomeados para os prémios de 2022. As decisões eram tomadas até agora por um painel de 15 a 30 especialistas cujas identidades eram desconhecidas.
A Academia afirmou que as "mudanças significativas" refletem o seu "compromisso contínuo de evoluir com o panorama musical e garantir que as regras e diretrizes dos prémios Grammy sejam transparentes e justas".
Em comunicado, a organização indica que também está a trabalhar para reduzir o número de categorias em que os seus membros podem votar. Antes votavam em 15, agora votarão em 10.
A próxima edição dos Grammys, anunciaram os organizadores, terá 86 categorias com a criação de duas novas, uma delas para a música latina.
As mudanças acontecem depois de o cantor The Weeknd ter acusado os organizadores dos Grammys de "corrupção" em novembro. Apesar do seu sucesso comercial, ele não recebeu nenhuma nomeação para os prémios deste ano.
"A corrupção dos Grammys continua. Eles devem-me, aos meus fãs e à indústria transparência", escreveu o canadiano, conhecido por canções como "Blinding Lights" e "Starboy".
Harvey Mason Jr, diretor e presidente interino da Academia, disse que foi "um ano de mudanças transformadoras sem precedentes para a Recording Academy".
"Esta é uma nova academia, que duplicou o seu compromisso de atender às necessidades da comunidade musical", disse.
No ano passado, a primeira diretora executiva da história da Academia, Deborah Dugan, foi demitida por suposto assédio.
Dugan iniciou um processo alegando que foi expulsa depois de abordar questões que vão desde irregularidades na votação até assédio sexual e uma alegada violação.
Zayn Malik, ex-membro dos One Direction, criticou em março os comités de votação anónimos.
"Continuo a pressionar e luto pela transparência e inclusão. Precisamos ter a certeza de que estamos a honrar e celebrar a 'excelência criativa' de TODOS. Vamos livrar-nos dos comités secretos", tweetou o cantor, que nunca foi nomeado com o seu ex-grupo ou como artista a solo.
"O meu tweet não era pessoal ou sobre elegibilidade, mas sobre a necessidade de inclusão e a falta de transparência no processo de nomeação e o espaço que cria e permite que o favorecimento, o racismo e a política de rede influenciem o processo de votação”, acrescentou Malik.
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