A defesa de Harvey Weinstein apresentou esta segunda-feira (3) no seu julgamento em Nova Iorque novas mensagens que entendem provar que o antigo poderoso produtor de Hollywood mantinha uma relação consensual com as suas principais acusadoras.
A líder da equipa de defesa, Donna Rotunno, submeteu a ex-atriz Jessica Mann, que acusa Weinstein de a ter violado em março de 2013, a um brutal contra-interrogatório de seis horas que pareceu debilitar consideravelmente o seu testemunho de sexta-feira.
"Obrigado pelo seu apoio incondicional e amabilidade. Você ajudou-me a acreditar em mim mesma", escreveu Mann num e-mail seis meses depois da alegada violação.
"Ninguém me entende tanto como você", escreveu noutra mensagem.
Numa terceira, escrita em 2014, faz alusão ao sorriso de Weinstein e aos seus "belos olhos".
Weinstein, de 67 anos, poderá ser condenado à prisão perpétua se for considerado culpado de ser um predador sexual em relação à alegada agressão de Mann e à denúncia da ex-assistente de produção Mimi Haleyi, que o acusa de fazer sexo oral contra a sua vontade em 2006.
Este desmente as acusações e assegura que todas as suas relações foram consensuais.
Mann, de 34 anos, admitiu na sexta que teve relações sexuais "não coercitivas" com Weinstein até 2016. Disse que só se manteve em contacto com ele por medo.
Mas na segunda-feira, a defesa pediu que lesse uma mensagem que escreveu ao seu namorado em 2013 na qual comentava Weinstein.
"Ofereceu-me ajuda quando os meus pais não o fizeram", leu Mann, a chorar.
O juiz James Burke adiou a audiência desta segunda-feira porque Mann chorava sem parar e não pôde recuperar a compostura.
O julgamento irá continuar e deve terminar por volta de 6 de março.
Comentários