A mostra desse equipamento cultural do distrito de Aveiro integra assim trabalhos de 50 artistas de várias nacionalidades, entre os quais se incluem também Alexandre ‘Vhils’ Farto, Álvaro Lapa, Artur Cruzeiro Seixas, Francis Smith, José de Guimarães, Miquel Barceló, Pedro Proença e Rui Chafes, numa seleção que pretende valorizar “os restos” da referida coleção de arte moderna.
Sara e André são a dupla de curadores responsável por essas escolhas e, em declarações à Lusa, explicam: “Esteticamente, procurámos inspiração no próprio acervo, tentando construir um ‘display’ que pudesse ser envolvente, potente, coerente e original; conceptualmente, interessou-nos a ideia de trabalhar com os ‘restos’, com aquilo que teria ‘supostamente menos valor’ para os curadores que trabalharam anteriormente com a coleção”.
Para os curadores da mostra “Descuradas”, isso representa “um absoluto voto de confiança” na Coleção Norlinda, que, tendo começado a ser constituída em 1980 por dois particulares de São João da Madeira, reúne atualmente mais de 1.200 obras – “300 a 400” das quais não voltaram a ser expostas desde que adquiridas para o efeito – e é, segundo a Oliva, “uma das maiores coleções de arte privadas do país”, compreendendo cerca de 250 artistas portugueses e 230 estrangeiros.
Andreia Magalhães, diretora desse espaço cultural, reconhece que as 200 obras selecionadas por Sara e André tinham até aqui “permanecido ocultas nas reservas” da Oliva, mas garante que, no ano em que o centro faz 10 anos, os referidos trabalhos irão agora “dar a conhecer uma faceta desconhecida” da sua coleção de arte contemporânea.
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