O festival inclui 33 espetáculos, é organizado pelo Sesc São Paulo e vai ter lugar entre 5 e 15 de setembro, tendo como país homenageado o Peru.
“O festival apresenta a produção contemporânea de países da América Latina, da Espanha e de Portugal, trazendo à cena uma diversidade de linguagens, temáticas e corpos. Perpassam os trabalhos relações com a natureza e questões indígenas e decoloniais, provocando reflexões sobre violências, gênero, migrações, deslocamentos e relações de poder”, referiu a organização, na descrição do evento.
A companhia Formiga Atómica vai levar até ao Brasil “O Estado do Mundo (Quando Acordas)”, primeira parte de um díptico em torno da crise ambiental e climática.
“Colocando em cena relações de causa-efeito entre pequenos gestos e grandes consequências, a criação da companhia portuguesa Formiga Atómica questiona até que ponto objetos do nosso cotidiano podem ser responsáveis por grandes catástrofes ambientais”, pode ler-se na sinopse publicada pelo Mirada.
A associação cultural portuguesa Má Criação juntou-se aos brasileiros Foguetes Maravilha e Dimenti para apresentar “Subterrâneo, um Musical Obscuro”, que nasce da história dos 33 mineiros presos num desabamento no Chile, em 2010.
“Em cena, a imagem de um grupo de pessoas aprisionadas debaixo da terra serve de impulso para falar do mundo que nos rodeia e desafia continuamente com muros, incêndios, bombas e discursos”, indica a sinopse.
O TEP sobe ao palco com os chilenos do Teatro La María na peça “G.O.L.P.”, que passou pelo Porto em abril, na qual as duas companhias unem, numa coprodução, Portugal e Chile numa reconstrução da história “tal como poderia ter acontecido e não como aconteceu realmente”, ou seja, uma ucronia, em que Portugal é a única nação comunista bem-sucedida, e tem ‘gulags’ no Alentejo, e o Chile uma democracia em crise que almeja ser o que Portugal conseguiu ser.
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