Aluna da HMT Felix Mendelssohn-Bartholdy de Leipzig, na Alemanha, Konstanze Pietschmann conquistou o Prémio Suggia com a interpretação do Concerto para violoncelo e orquestra em Lá menor, de Robert Schumann, afirmando-se perante o outro finalista, o violoncelista português João Pedro Gonçalves, aluno do Conservatório Real de Bruxelas, que interpretou o Concerto para violoncelo e orquestra em Si menor, de Antonín Dvořák.
O júri do concurso foi constituído pelos violoncelistas Marc Coppey, Maria de Macedo e Pavel Gomziakov, e pelo maestro Carlos Izcaray, que dirigiu a orquestra.
O vencedor do Prémio Internacional Suggia – Casa da Música, criado em homenagem à violoncelista portuense Guilhermina Suggia, recebe 8000 euros e o convite para tocar, como solista, num concerto com a Orquestra Sinfónica Casa da Música, na próxima temporada, adianta o comunicado da Casa da Música.
Nascida em 2000, Konstanze Pietschmann começou a estudar violoncelo aos três anos, tendo prosseguido a formação na Escola Superior de Música e Teatro Felix Mendelssohn-Bartholdy. Participou em vários concursos, e a sua estreia como solista deu-se em 2019, na Gewandhaus de Leipzig, exatamente com o Concerto para violoncelo de Robert Schumann.
O segundo finalista, João Pedro Gonçalves, também nasceu em 2000. Foi aluno de Ana Cláudia Serrão, Marco Pereira e Paulo Gaio Lima. Nos últimos anos, trabalhou com professores e violoncelistas como Kyril Zlotnikov, Marc Coppey e Gary Hoffman, e com maestros como Lorenzo Viotti, Giancarlo Guerrero e Gustavo Dudamel.
Gonçalves foi galardoado em competições como Concurso Capela, Concurso Nacional de Cordas Vasco Barbosa, Prémio Fundação Inatel e Prémio Jovens Músicos. Em setembro de 2021, recebeu o Prémio Maestro Silva Pereira — Jovem Músico do Ano.
A israelita Elia Cohen Weissert, de 25 anos, aluna do Conservatório Real de Bruxelas, foi a vencedora da 6.ª edição do prémio, realizada em 2019.
Guilhermina Suggia, nascida a 27 de junho de 1885, no Porto, é uma das mais destacadas intérpretes portuguesas, das primeiras décadas do século XX, tendo atuado nas principais salas de concerto.
Em 1903, Suggia foi a primeira mulher solista a tocar na Gewandhaus, em Leipzig.
A par de Pablo Casals, com quem manteve uma relação de proximidade, entre 1906 e 1913, foi considerada uma das maiores violoncelistas da época.
Guilhermina Suggia fixou-se em Londres, pouco antes da I Guerra Mundial, enchendo salas de concerto. Antes da II Guerra Mundial, regressou a Portugal, ao Porto, prosseguindo a carreira internacional até à morte, a 30 de julho de 1950.
Nesta sétima edição do Prémio Suggia participaram cinco candidatos oriundos da Alemanha, Áustria, Bélgica, Finlândia e Reino Unido,
O programa de homenagem à violoncelista Guilhermina Suggia prossegue este sábado, com a Maratona de Violoncelistas, que conta com a participação de alunos de várias escolas do ensino artístico de música.
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