Originalmente intitulado «Anedonia» (a incapacidade de ter prazer),
«Annie Hall» mudou de nome apenas três semanas antes da sua exibição, em 1977. O título final seria o da protagonista, Annie Hall, interpretada por uma
Diane Keaton que tem como nome de nascimento, Diane Hall, e que nos tempos de infância era apelidada de Annie lá por casa.
O protagonista, Alvy Singer, é interpretado por um
Woody Allen que insiste na ideia de a sua personagem não ser autobiográfica. Até pode não ser. Porém, as semelhanças são mais que muitas.
O resultado é um filme do seu tempo e, ao mesmo tempo que esse, intemporal. «Flashbacks», «stand-ups» defronte da câmara, desenhos animados, improvisações que saltam do guião, considerações sobre o fatalismo motor de um tubarão, tudo decorre num magnífico ensaio cómico-dramático sobre as vicissitudes das relações humanas e dos ovos de que precisamos para as manter. Incontornável.
Bruno Ramos
Revista Metropolis
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